Tomar banho de rio, subir no pe de goiabeira, brincar com os animais, pescar o almoco, olhar as estrelas. Em A pescaria do Curumim e outros poemas indigenas, a cultura dos indios da Amazonia e apresentada as criancas sob a forma de singelos poemas. Ninguem melhor do que Tiago Hakiy para fazer isso com aprumo: descendente do povo satere mawe, o autor nasceu em Barreirinha (AM), no coracao da Floresta Amazonica. Dia de pescaria , que da nome ao livro, conta a saga de curumim para conseguir pescar seu almoco: um tucunare para comer com pimenta e farinha. No autobiografico Curumim da floresta , o autor revela que seu nome, Hakiy, significa morcego . Cobra-grande narra a lendaria HISTORIA da enorme criatura que aparece em noites de temporal. A fauna, por sinal, marca presenca ao longo de toda a obra. Passaros da floresta enumera uma serie de aves que habitam a Amazonia e Meu xerimbabo e uma declaracao carinhosa a um bichinho. Mas, espera ai: o que e xerimbabo? Os leitores talvez estranhem os termos proprios do vocabulario indigena nos poemas. Mas, nao ha com o que se preocupar. E so correr as paginas ate o fim da obra e consultar o glossario: xerimbabo e animal de estimacao. (Panda Books)